Comunicado

Vive-se, atualmente, no seio da Instituição GNR uma enorme perda de espírito de corpo, camaradagem e de missão que deveria ser algo inabalável em todos os seus militares, mas que de dia para dia tem vindo a aumentar e a provocar desequilíbrios Institucionais.


Em causa está o drástico desinvestimento por parte da Tutela, nomeadamente, o não reconhecimento do desgaste profissional e da condição do militar da Guarda e seu enquadramento funcional. Este destratar, inevitavelmente afeta o brio e a estima de quem desenvolve a sua ação no terreno em prol da segurança interna.


A ANSG assume sem vergonha, aliás, tem alertado para o crescendo de casos de desmotivação, baixa autoestima, desleixo e desinteresse pela causa pública, que tem vindo a aumentar no seio dos militares da GNR. O que, nalguns casos, felizmente uma minoria, estimulam o bloqueio das atividades profissionais e acabam por desviar as energias para o conflito disfuncional interno.


Um exemplo paradigmático deste tipo de conflito, é o caso do abaixo-assinado, como forma de protesto, dos militares do Posto do Sameiro em Braga, contra o seu comandante, o sargento Helder Branco, acusando-o de impor a elaboração mensal de 15 autos de contra ordenação. O falso argumento da imposição e coação utilizado pelos militares, poderia parecer convincente, mas esta postura dos militares revoltosos mais não é do que a ausência da proficiência que se lhes exige. Fruto da desmotivação, os militares deixaram de se preocupar seriamente com o trabalho e adotam mudanças de comportamento e de posturas que afetam o seu desempenho enquanto profissionais. Logo, o mal estar sentido pelos militares do Sameiro não pode ser assacado ao sargento em causa, que se trata de excelente profissional e de elevado mérito, reconhecido quer pela sua cadeia de Comando quer pela população que serve.


A ANSG deseja que se evite a profusão de acusações infundadas e esclarece que, pese embora o aumento do comportamento de risco dos condutores e aumento dos crimes contra o património, nunca o sargento Helder Branco impôs a qualquer militar do Posto do Sameiro que na média individual dos 20 dias e 160 horas de serviço mensais, de serviço que prestam, procedessem à elaboração de 15 autos de contra-ordenação.


Os 13 militares do Posto influenciados externamente a trasvestir-se de vítimas e, pelo mesmo motivo, 6 deles decidiram enveredar pela baixa psicológica, nunca foram vitimas de qualquer ação persecutória por parte do seu Comandante de Posto, com qualquer tipo de medida que afetasse a sua esfera jurídica, pelo contrário, tudo o que lhes era exigido era apenas que cumprissem com as normas e regulamentos aplicáveis.


O Compromisso para com a sociedade e a observância do código de conduta Institucional praticado pelo Sargento Hélder Branco, pode trazer ansiedade e os militares podem pensar que a sua segurança está abalada relativamente à reivindicação e realização dos seus valores, necessidades, preferências e expetativas profissionais, mas esse deve ser um foco de todos, inclusive da Associação Nacional dos Sargentos, consciencializando a sociedade das opções governativas que colocam em causa o funcionamento das Instituições, como é o caso da GNR.

Dignificação e Profissionalismo
Lisboa, 25 de janeiro de 2019

 

 

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